Grafite: a canonização da poética urbana
O Museu de Arte Murilo Mendes (MAMM) apresentou ao público, do dia 7 de maio a 14 de junho de 2009, a exposição Grafite: a canonização da poética urbana.

Grafite é vocação das ruas. Escolhida do italiano graffito ou sgraffito (arranhado, rabiscado), a palavra foi incorporada ao inglês no plural (graffiti) para designar uma arte urbana, com forte sentido de intervenção na cena pública. As inscrições em muros, paredes e em toda sorte de espaços tomam cidades no mundo inteiro, tendo giz, carimbos, pincéis e, sobretudo, spray como instrumentos para criação de formas, símbolos e imagens.

A Galeria Retratos-relâmpago cedeu espaço à linguagem artística das ruas transgredindo a própria gênese do grafite ao transportar do espaço urbano para o ambiente sacralizado do museu essa poética já tão (re)conhecida nos cenários das urbes.

A violência e a ruptura da paz nesses tempos hodiernos justificam a escolha das obras referenciais da História da Arte, como Guernica, de Pablo Picasso; La guerre (A guerra), de Henri Rousseau; Guerra e Paz, de Candido Portinari; e As I opened fire (Quando abri fogo), de Roy Lichtenstein, que, através da releitura de Lúcio Rodrigues, Thiago Campos e André Castanheira nos leva a refletir sobre as decisões, opções e desejos da Humanidade nos dias atuais.

O Museu de Arte Murilo Mendes está localizado à Rua Benjamim Constant, nº 790, Centro.
Outras informações: (32) 3229-7090 MAMM
fotos: Lúcio Rodrigues
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