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MEDALHA ESCRAVO ANTÔNIO  -   (08/12/2011)

O Centro Cultural de Benfica (CCB) realizou no dia 17 de dezembro, uma Homenagem aos nossos Afrodescendentes, com entrega da Medalha Escravo Antônio.

Esta iniciativa, busca resgatar e valorizar a história desse povo a partir de suas memórias. Os homenageados são pessoas que contribuíram e continuam contribuindo para a preservação da cultura afrobrasileira na localidade.

Houve neste terceiro ano do evento, apresentação de capoeira, música, dança e exibição de vídeo.
Homenageados desta edição:

Dona Rosalina Moreira de Souza
Aos 77 anos, ela lidera e incentiva o Moreira Futebol Clube, time que reúne filhos, genros, noras e amigos em várias categorias, do infantil ao veterano, feminino e masculino, desde os anos 70. Ela acorda cedo, prepara alimentos e até veste camisa de técnica, praticamente todo domingo. O time é tão sério que tem seu próprio meio de transporte, uma Kombi 89, desde 2002.

Luiz Antônio de Moraes
Aos 51 anos, foi responsável pelo campo de futebol da Fazenda Boa Sorte que funcionou por quase 18 anos. Ajudou o pai, conhecido como “Capitão”, a tomar conta da propriedade. Dedicou-se a cuidar dele nos últimos anos até o seu falecimento em 11 de dezembro de 2011. Assim como o pai, é um apaixonado pelo futebol de várzea.

Jean Cláudio Damasceno de Paula
Filho de Dona Inácia, conhecida por cantar Os Salmos com um timbre suave e forte ao mesmo tempo. Aos 42 anos, Jean trabalha como riscador em facção e está estudando para ser técnico em enfermagem. Continua as atividades da mãe para a comunidade Santa Teresa, coordenando os afazeres da capela. A filha herdou a voz da avó e integra o coral. Ela admira o pai na sua boa vontade de fazer tudo com todo mundo.


José Acácio da Silva
(homenagem post-mortem)
Nasceu em 8 de abril de 1921 e faleceu em 9 de outubro de 2001. Um ex-combatente que atuou com as tropas brasileiras na II Guerra Mundial, na Itália, estando à frente de batalha no serviço de rádio-comunicação, por 18 meses. De volta ao Brasil, em 1945, trabalhou como pedreiro e também na Companhia Mineira de Eletricidade, atual CEMIG. De 1964 até 1980 trabalhou na antiga Fábrica de Estojos e Espoletas de Artilharia do Exército – FEEA FJF, atual Imbel. Casou-se, em 1949, com Maria da Paixão Silva, que vai receber a medalha.

Sargento André
Grande atleta juizforano.

Nem todos os convidados puderam comparecer, mas justificaram suas ausências e agradeceram a homenagem prestada pelo CCB.



Escravo Antônio fugiu da Fazenda Bemfica (grafia original) e foi noticiado no Pharol de 2 de março em 1879. Segundo o jornal, ele era jovem e violeiro.

A história deste importante personagem de Benfica do Século XIX, foi descoberta através de pesquisas por Vanderlei Tomaz, que também sugeriu o nome à medalha.(Vanderlei aparece na primeira foto, à frente, ao lado do Pe. Guanair).

"Justas homenagens às nossas raízes benfiquenses. Benfica dá um grande exemplo de cuidado com a memória de sua gente. Parabéns à Aline, Lúcio e todo o grupo envolvido neste projeto", diz Vanderlei, que contribui imensamente com o Benficanet, assinando a coluna
Página da Memória.

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